sábado, 24 de maio de 2008


Quando nascemos nossos pais são incumbidos de nos dar um título. Somos criados, cuidados, até que possamos escrever o nosso próprio parágrafo. Tudo parece estar começando. Todas as questões nos são como uma interrogação. Recebemos respostas, algumas boas outras ruins. A vida nem sempre nos é justa. Não vivemos tudo o que sonhamos e quando não temos o que queremos, nos tornamos um ponto de exclamação. Gritamos, nos revoltamos, fazemos coisas das quais no futuro podemos nos arrepender. Certos erros podem ser consertados, outros não. Para alguns a vida pode dar um ponto final. Para outros um ponto de continuação, uma segunda chance. Quando aprendemos, passamos a usar mais o travessão pra entender as pessoas. Ouvimos o próximo pela primeira vez. Principalmente os nossos pais. Não ficamos mais entediados com as suas eternas aspas. Eles nos falam sobre tudo o que já viveram pra que possamos escrever um segundo capítulo. Então, aos poucos vamos escrevendo capítulos que se sucedem. O tempo passa e percebemos que escrevemos um livro. Porém nada na vida se completa. Vivemos sempre na vontade de viver mais... E isto é o correto a ser feito! Sonhar, ser feliz, já que a vida é uma eterna reticência.

Um comentário:

ANTONIO CARLOS GOMES PINTO disse...

De novo um mote bom! Essa estória de reticências; exclamações e travessões alinhavando a estoria, mas sinceramente...acho que tem que enxugar.
Alem do mais, esse negocio de falar coisas na primeira pessoa do plural..."Nós"...é meio arriscada, ou até pretenciosa...(Parece mais fácil fazer isso quando se é jovem - pelo menos é mais perdoável) Aliás, quantos anos vc tem mesmo?

OBS: Eu pegaria o mote disso que vc intuiu e reescreveria mais economicamente...