
Seria o corpo mais interessante que a mente? Parece vulgar, meio obceno. Mas sincero é aquele que não olha os defeitos da personalidade de um ser e que apenas a boca cuja carne lateja lascívia e tempera ainda mais o desejo de se ter alguém. Este é o corpo. Posto que se encontra nele algo que a mente não diz. E de que ela importa? Não nos conhecemos nem mesmo durante toda a vida. Qual a diferença conhecer ou não alguém? Devemos saber do caráter e nada mais. E não deixar fazer perder o gosto dos beijos quando a menina fala pobrema. Ou quando o aquele cara bonito deixa sair por entre os lábios um comentário imbecil. O corpo pode dizer muito mais que as palavras e que a mente confusa de qualquer ser humano que seja. Veneremos o corpo e não a mente? Pois bem que aí está o dilema desse mundo cada vez mais moderninho. É possível amar o outro só apenas por tocá-lo. Nada de viver juntos, casar, ter filhos para dizer que se ama. Quem tem que sentir os sentimentos é o corpo. E mesmo que não se diga eu te amo, só um toque que faz subir os pêlos e congelar os póros pode dizer que o corpo ama. O pior é que: quem o corpo ama? Que tipo de corpo? Todos os corpos gostosos? Mas não se enxerga com o corpo. Sexo não se faz com os olhos. E sendo assim, quem tem que sentir é o corpo. Danem-se as banhas ou os abdomens tanquinho, o que importa é o toque que o corpo tem. A pegada é fundamental não é? Só se sente se realmente se ama quando um simples toque nos faz ir à Marte e voltar ou um gozo estratosférico toma conta da nossa alma. Talvez as pessoas tenham que pensar mais com o corpo e menos com o coração. Este aí só dói. É sempre dramático. Vive de amizades com a mente sabe-se lá porque se eles nem ao menos conseguem se entender. O corpo diz mais que tudo. Ele sim é sincero e te faz sentir muito mais amor que um simples coração que acelera. O corpo masculino então, põe sinceridade nisso. Se a mulher é gostosa ele fica excitado mesmo. Quanto às mulheres...Infelizes são as atrizes de cama que não conseguem deixar de se esconder atrás dos seus orgasmos falsos. Já que pensavam elas terem encontrado os seus homens perfeitos, cujos corpos nunca as fizeram sentir a noite mais fria ferver. Deixemos todos os idealismos de lado e passemos a gostar de alguém ou até mesmo amar alguém quando o corpo nos disser que não existe amor à primeira vista, mas sim ao primeiro toque, beijo, braços por entre as curvas, sentidos aflorados. E assim o corpo nos guia. Deixamos de querer todos os corpos que nos interessam para querer apenas um. Se sentimentos vem de sentidos, ninguém melhor que o tato para nos guiar. "Não precisamos nos entender menina, temos é que nos ter, um ao outro, corpo no corpo, e deixe que eles se entendam..."